quarta-feira, 21 de abril de 2010

Trauma por negligência na hora do parto














Segunda parte da história:


Quando ele completou quatro meses, estava na hora de desmamar, isto é, voltar ao trabalho, trabalho esse que já fazia parte da minha vida à dezoito anos, era cartorária e não pensava parar nem quando me aposentasse, mas o destino não quis assim, optei pelo meu filho, que já tinha sofrido ao nascer, não poderia de jeito nenhum entregá-lo aos cuidados de outra pessoa, se Deus me deu ele assim, ninguém melhor do eu iria protegê-lo. Nos primeiros meses de vida, ele era muito agitado, tinha medo de tudo, não podia cair um lenço que ele se assustava, se torcia como uma minhoca, quase virava o rosto para as costas, então, passava dia e noite com ele no colo, não deixava ninguém pegá-lo, pois tinha muito medo que caísse de tão agitado que era, tinha que ter jogo de cintura na hora de comer e tomar banho, só dormia em cima de mim. A minha vida passou a não existir mais, muitas vezes esquecia até de me alimentar. Chegamos a conclusão que o melhor remédio para ele seria, muito amor, muito carinho e principalmente muita paciência, isto, vinte e quatro horas por dia, resultado, ele foi acalmando, começou a surgir um brilinho nos olhos dele de satisfação, sentia que estava sendo recompensado por tudo que havia sofrido na hora do parto.

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