domingo, 29 de agosto de 2010

Quarta parte da história do parto
Quando chegamos em casa, havia no quarto dele, uma mini UTI com toda aparelhagem que necessitava para sobreviver, pensei, é o começo de mais uma batalha a percorrer, com ajuda de Deus ei de vencer. Ele usava uma traquiostomia e uma sonda no nariz para alimentar-se, ficava muito agitado, arrancava a sonda, eu ficava desesperada porque, sem a sonda, não poderia alimentar-se, para recolocar era um sofrimento, tinha que levá-lo ao hospital, foram varias vezês. Contratamos um fisioterapeuta(Jeferson David de Oliveira) para fazer o tratamento em casa, na verdade, não contratamos só um fisioterapeuta, e sim, uma pessoa muito especial, que, com certeza, nos foi enviada por Deus, ele era um ótimo fisioterapeuta, tornou-se um grande amigo, um conselheiro nas horas mais difíceis, tinha sempre uma palavra amiga; quando meu filho arrancava a sonda, recorria a ele que não media esforços e vinha em meu socorro, isso, sem cobrar nada, vinha sempre com um sorriso, dizendo piadinhas para me dar força. Após dois anos de muito sofrimento, conseguimos fazer a gastrostomia, o que foi um alívio para ele que já tinha feridas no nariz. Após os quatorze anos, teve varias baixas na pediátria do hospital da PUC com pneumonia, lá ficava eu, ao lado dele, orando, pedindo a Deus que não o deixasse sofrer, era nosso anjo que estava alí, não poderíamos mais viver sem ele, seria como ficar no escuro, ele ilumina nossas vidas, nos transmite uma energia que nunca sentimos antes. A baixa hospitalar que mais me marcou, que nunca mais vou esquecer, foi quando ele tinha dezoito anos, aconteceu assim: Ele estava com uma infecção que só poderia ser tratada na veia, neste caso tinha que baixá-lo no hospital para o tratamento; coloquei-o no carro, ele estava feliz porque gostava de sair de carro, ele estava bem, rindo no banco de tráz, eu explicando que seria um tratamento rápido, que logo estaria em casa; chegando ao hospital, enquando ele esperava com uma amiga, fui tratar da parte burocratica, sempre observando ele, quando notei que a enfermeira que o levou desligou o oxigênio, então corri, disse a ela que não podia ficar sem oxigênio, ela me pediu que não interferisse que ela sabia o que estava fazendo, quando olhei para meu filho, estava ficando roxo, cheio de secreção, pedi que o aspirasse, ela não me deu atenção, preparando o oxigênio com uma calma, me olhava com ar de deboxe, comecei a me desesperar, pedindo que apurasse que ele estava ficando mal, que precisava ser aspirado,ela dizia que eu estava atrapalhando, meu filho mais roxo, entrei em pânico, comecei a gritar, dizendo para ela, que, se meu filho tiver uma parada, vou te responsabilizar, não demorou, foi uma correria, entrou uma equipe com aparelhos, me espulsaram para fora, meu filho estava tendo uma parada, os médicos reanimando-o, eu chorava compulsivamente culpando a enfermeira, no desespero perdi a cabeça, dei um tapa no braço dela, meu filho estava morrendo, eu gritava, não acreditava no que estava acontecendo, uma vêz que, só foi fazer um procedimento na veia, estava bem, mas a enfermeira fez tudo errado na chegada, tirando ele do oxigênio, que era dependente por 24 horas, me levaram para fora, pedindo que me acalmasse, mas como, meu filho chegou bem, por incompetência da enfermeira virou uma tragéria, quase enlouqueci; precisava avisar o pai dele, coragem da onde, o que dizer, que nosso filho estava morrendo? meu Deus, meu marido teria um infarto, enfim, decidi ligar, mas não conseguia falar, estava engasgada, passei o fone para outra pessoa, que lhe contou, chegou muito rápido, entrou correndo, eu não conseguia dar um passo, perdi as forças, quando voltei para vê-lo, havia melhorado, mas para meu espanto, entubado, o que não poderia ter acontecido, porque ele usava uma traquiostomia, a enfermeira fez tudo errado, a canula ficou obstruida de tanta secreção, não tiveram outra opção, logo enseguida foi levado para UTI, mais tarde quando consegui vê-lo, estava sedado, nem se movia, comecei a rezar, pedindo a Deus que olhasse por ele, um anjo que não merecia tanto sofrimento; um tratamento que seria por uma semana, em um quarto de hospital, acabou em uma tragédia por dois meses dentro de uma UTI.

quinta-feira, 3 de junho de 2010



Este é meu enfermeiro Deivid, ele também cuida bem de mim, conversa comigo, só não me beija e faz carinho porque não deixo, sou muito macho tchê.

minha mamãe me deu uma prova do meu bolo, estava uma delícia, me lambuzei.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Esta é minha enfermeira Juliana, ela é muito carinhosa, cuida muito bem de mim, me dá banho, me faz dormir, canta e dança para mim, estou muito apaixonado por ela, muitos bjos Ju.
O meu parabéns foi o hino do GRÊMIO legal né?
Todas as minhas festas de aniversário foram lindas, mas esta é especial porque é do meu time do coração.

Festa de aniversário do Tiago Torales

sábado, 8 de maio de 2010

Efeito de um sorriso




Um sorriso não custa nada e produz muito. Enriquece quem o recebe sem empobrecer quem o dá. Ninguém é tão rico que não precise dele e ninguém é tão pobre que não o possa oferecer. Um sorriso renova a coragem e é consolação na tristeza. Ninguém necessita mais de um sorriso do que aquele que não sabe sorrir

quinta-feira, 6 de maio de 2010



ki festa linda, quantos amiguinhos

Ki carinha mais linda, cheia de felicidade, e a mamãe coruja não podia estar mais feliz.

Olhem, eu e meu mano, neste Bug com todas estas gatinhas.




Como vocês estão vendo já caminhei, já fiz muita bagunça com este andador, abria o armário e puxava as panelas da minha mãe p/o chão.



Eu e meu mano abraçadinhos, como nos amamos.


Eu e meu mano na praia de Santa Catarina, ele sempre me protegendo.

Terceira parte da história:



Após ser orientada que ele precisaria de fisioterapia, hidroterapia, enfim, várias atividades para uma vida melhor; dependia da boa vontade dos outros para levá-lo as atividades, às vezes de taxi, certo dia, decidi que era hora de parar de depender dos outros, pois sabia que a jornada seria grande, então tomei a decisão de aprender a dirigir; até então, não conseguia me imaginar dirigindo, tinha muito medo, mas a necessidade venceu, consegui, tirei minha carteira, depois de habilitada, não paramos mais em casa, eram tratamentos, passeios, ele adorava passear de carro. Com o passar do tempo, pude observar que tinha um bom entendimento, fazia testes com objetos, ele acertava sempre me mostrando com os olhos; estimulei-o a usar o pinico, aprendeu rápido, nos comunicava através de olhares, de som que fazia ao tentar falar. Quando completou um aninho, a felicidade era tanta que resolvemos dar uma festa para 150 pessoas, com tudo que tinha direito, foi uma festa inesquecível, ele curtiu muito, era só sorriso, conforme prova as fotos. Quando tinha 3 anos, engravidei do mano, fiquei muito feliz, para ele seria bom ter um mano; tive uma gestação sem intercorrências até os 6meses de gestação, quando tive uma hemorragia, após fazer exames, foi constatado que a placenta havia se formado em lugar errado, dizem os médicos que isso aconteceu porque eu fazia força com o Tiago, fui proíba de levantar um lenço, pois corria o risco de abortar, tive que ficar de repouso, agora me imagine com um filho dependente para tudo, ter que ficar de repouso, mas minha mana foi morar na minha casa e cuidou do Tiago, no nono mês de gestação foi marcada a Cesariana para 02 de setembro, no dia 30 de agosto, comecei a perder muito sangue, foi uma correria, cheguei ao hospital quase sem sangue, minha pressão foi a 2 por 0; mas enfim, acabou tudo bem, ganhei outro lindo menino, com o decorrer do tempo, eles de apegaram tanto, o Lucas sempre muito carinhoso com o mano. Quando o Lucas tinha 2 aninhos a vovó Lurdes, o levou a casa de uma amiga; em frente a casa havia uma imagem da Nossa Senhora Aparecida, ele ajoelhou-se em frente a Nossa Senhora e disse: Santinha ajuda meu mano a caminhar, pra ele pode joga bola comigo, a vovó assistindo aquela cena, se emocionou, eu até hoje me emociono, quando lembro. Lembro também das vezes que comiam alguma coisa perto do Tiago, o Lucas ainda pequeno dizia, não botem nada na boca do meu mano, ele se afoga só minha mãe pode, ele sempre muito preocupado com o mano, nunca, desde pequeno, saiu de casa sem antes dar um beijo no mano. Os anos foram passando, o Tiago cada vez melhor, inventei um andador, ele corria pela casa conseguia botar as panelas do armário no chão, eu achava o máximo. Nunca deixamos de festejar os aniversários dele. Com o tempo foi dando umas enroladas tentando falar, tinha muita saúde, nunca precisou ir ao hospital; viajamos muito, inclusive fomos duas vezes ao Rio de Janeiro, várias vezes em Santa Catarina, na praia, ele adorava ir à praia, enfim, vivemos momentos inesquecíveis, tudo era felicidade, o fato de não poder caminhar, não impedia ele de aproveitar a vida, já andou de moto, de charrete, a cavalo, de avião e até de lancha, acho que só tem agradecer a Deus, por tudo. Com quatorze anos, a vida dele mudou; numa tarde, como de costume, estava dando um lanche para ele, derrepente começou a tossir muito, revirou os olhos, ficou roxo, mal conseguia respirar, gritei desesperada pela minha cunhada, colocamos ele no carro, e não sei como, consegui chegar ao hospital, lá chegando levaram ele para a emergência, pedi em prantos de choro para ficar perto dele, eles não permitiram, ele piorou muito, estava muito assustado com aquele movimento todo, sentindo minha ausência, sedaram, entubaram e o levaram para a UTI, após algumas horas permitiram minha entrada para vê-lo, quando me deparei com a cena, não consegui ficar, saí correndo e desabei a chorar compulsivamente; os dias foram passando, ele naquele quarto sedado, dias após dias, entuba, desentuba, cada vêz que desentubava, ficavá-mos muito felizes na esperança de que iria melhorar, o pai coitado, não conseguia mais trabalhar de tão desesperado que andava, não dormia, mal conseguiá-mos colocar alguma coisa no estomago, eu sempre muito otimista, acreditava que ele voltaria bem para casa, após 30 dias na UTI ele já pesava 19 kilos, sempre sedado, eu ao lado dele, fazendo carinho, rezando muito, esperando um sinal de melhora; o pai passava o dia todo ligando, para saber como estava os sinais dele, muitas vêzes eu mentia para acalmar o coração dele,ele precisa trabalhar; certo dia quando entrei no quarto dele a dra. havia tirado o tubo, fiquei tão feliz, ele me viu ficou muito agitado, como se tivesse se queixando, a saturação começo a baixar, a dra. entrou correndo para entubá-lo novamente, neste momento, me joguei em cima dele, e disse que ela não iria mais entubá-lo, ela disse: mãe a responsabilidade é sua se ele tiver uma parada cardíaca, ele vendo aquela sena toda, ficou muito nervoso, a saturação caia cada vêz mais, eu tentando acalmá-lo para não mais entubar, mas não resolveu, gritei para a dra. que viesse intubá-lo, porque não queria perdê-lo, e saí dali em prantos de choro. Os dias foram passando, certo dia, quando estava ao lado dele, que ainda estava sedado e intubado, comecei a cantar uma musica para ele, ele abriu um sorriso que nunca mais esquecí e logo depois abriu os olhos, eu saí no corredor da UTI gritando, rindo e chorando de tanta felicidade, os médicos apareceram de todos os lados muito assustados pelos meus gritos, então eu disse, meu filho está de volta, ele está melhor, daquele momento em diante, não me cansava de cantar para ele que só sorria, ficava sempre de mãos dadas com ele, parou com a sedação, mas não conseguiu ser desentubado. Certo dia um médico nos chamou para nos comunicar que para ele ter alta, teria que fazer uma traquiostomia, e teria que se alimentar através de sonda, não podendo mais se alimentar via oral, ficamos muito assustados com essa mudança na vida dele e nas nossas, ao tomarmos conhecimento do que seria uma traquiostomia, que até então nunca ouvimos falar, meu marido não queria aceitar, mas como não aceitar, se esta seria a única solução para tirá-lo daquele hospital, sem outra opção foi feito a traquiostomia, sofremos muito por ele ter que passar por mais esse sofrimento, cada vez que a enfermeira aspirada a traquio dele eu saía correndo, certo dia ela disse: mãe vais ter que ter coragem e aprender, pois vai precisar fazer em casa, sendo assim, criei coragem, aprendi a aspirar, e a fazer tudo o mais que seria preciso em casa, enfim, aprendi a ser além de mãe a enfermeira do meu filho, e fiz com muito amor, estavá-mos todos muito felizes pela volta dele para casa.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PENSAMENTO DO DIA

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.